Subprojeto Geografia no ano de 2014
PROJETO PIBID GEOGRAFIA (fevereiro de 2014 a dezembro de 2014): Escola Básica Municipal Batista Pereira.
Prof. Dr. Orlando Ferreti – coordenador PIBID
Prof. Me. Santiago Siqueira – supervisor PIBID
Giovanni Regazzo – bolsista
Priscila Naves – bolsista
Rafael Chasles – bolsista
Victor Motta – bolsista
Vinícius Lima – bolsista
A proposta do segundo projeto PIBID em Geografia da UFSC em 2014 é a de continuidade do trabalho que se iniciou em 2012/2013 na EBM Batista Pereira para a criação de materiais didático.
Para esse segundo projeto permanecemos apenas na EBM Batista Pereira.
O objetivo principal foi de aproximar os bolsistas das atividades escolares e do cotidiano do trabalho do professor, em especial, do professor de Geografia.
Objetivos específicos:
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Aprimorar a formação acadêmica de graduandos do curso de licenciatura em Geografia da UFSC;
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Proporcionar ao discente o contato com o espaço profissional em que exercerá sua atividade, em etapas que possibilitam a compreensão das diversas dimensões do ensino;
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Contribuir para a discussão e melhorias no ensino de geografia da rede pública de ensino;
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Articular a prática pedagógica em geografia com a pesquisa na escola e no espaço de inserção da mesma;
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Contribuir para uma melhor valorização do trabalho do docente da escola básica, com ênfase ao professore orientador da escola participantes do projeto;
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Articular cursos e oficinas para os pedagogos dos primeiros anos do ensino fundamental, visto que as discussões sobre o ensino de geografia iniciam logo nos primeiros anos do ensino fundamental;
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Construir articulação entre projeto de ensino e pesquisa das escolas com o currículo de formação em Geografia da UFSC, sobretudo as disciplinas de Estágio Curricular Supervisionado de Licenciatura em Geografia (MEN 7026; MEN 7027).
Para o projeto do PIBID em Geografia de 2014, a proposição foi sendo construída em consonância com proposta e interesse da Escola Básica Batista Pereira, instituição municipal da rede de ensino de Florianópolis. O projeto foi construído com o corpo docente da escola, em especial os professores de Geografia.
Atividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2014:
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Reuniões semanais com o professor orientador da escola, com o planejamento das atividades do projeto para a sala de Geografia (Sala Milton Santos) que está sendo utilizada durante as atividades do PIBID, com Participação dos alunos bolsistas na elaboração do planejamento com o professor (professores) de geografia. Coloca o aluno em contato com a criação da estrutura que embasará o ensino de geografia. Nesse sentido o papel do professor orientador na escola é fundamental;
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Reuniões da equipe de trabalho para planejamento das atividades do semestre;
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Oficinas de formação para os bolsistas de iniciação a docência na UFSC com o orientador da universidade, com destaque a produção da pesquisa na escola;
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Inserção dos bolsistas na observação das aulas de 6º e 7º anos do fundamental II;
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Participação na elaboração de atividades de planejamento das aulas. A participação das avaliações, desde o planejamento desta até sua aplicação e verificação é fundamental para a compreensão dos processos de ensino;
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Participação efetiva no grupo de formação permanente dos professores de geografia da RMEF (Rede Municipal de Ensino de Florianópolis);
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Participação em oficinas sobre a Rosa dos Rumos (Rosa dos Ventos), inclusive pintando no pátio da escola;
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Dinâmicas com a Bússola;
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Assumiram uma aula prática específica sobre fuso horário para o 6º Ano e uma aula sobre Espaço Urbano e Espaço Rural para 5º ano com a participação de professores dos anos iniciais.
No segundo semestre de 2014, além da continuidade das atividades na escola os bolsistas trataram da produção textual sobre as atividades com apresentação em eventos, e destaque para as pesquisas individuais que cada aluno se envolveu na escola.
Sob supervisão do professor Santiago Siqueira, as atividades do PIBID tiveram início em março de 2014 e aconteceram na Escola Básica Municipal Batista Pereira, localizada ao sul da Ilha de Santa Catarina, localidade do Alto Ribeirão, na Rodovia Baldeciro Filomeno nº 3000.
SOBRE A ESCOLA E SUA ESTRUTURA:
Fundada em 07 de abril de 1957, com o nome de Grupo Escolar do Alto Ribeiro, seu nome atual foi uma homenagem ao Jornalista Batista Pereira. As instalações passaram por varias ampliações e reformas, com destaque para os anos de 1967, 1972, 1988 e, mais recentemente, 1995 que deixou a escola com a atual configuração física.
Para atender e dar o suporte necessário para todos os estudantes (aproximadamente 900) a Escola possui um total de 112 funcionários, dentre os quais: uma diretora, uma secretária, cinco especialistas, vinte e um professores do 1° ao 5° ano, vinte e oito professores do 6° ao 9° ano, onze professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que atendem no período noturno, cinco auxiliares de ensino, uma bibliotecária, uma responsável pela sala informatizada, uma responsável pelo laboratório de ciências, duas pessoas responsáveis pela sala multimeios, um professor de LIBRAS, um interprete de LIBRAS, sete auxiliares de ensino da educação especial, seis merendeiras (três delas terceirizadas), dez auxiliares de serviços gerais (sete terceirizados), oito funcionários readaptados.
(Fachada/Entrada principal. Foto: Priscila Naves).
A Escola Básica Municipal Batista Pereira possui ainda: 16 salas de aula; 8 banheiros; com uma sala da direção; sala para secretaria; sala de professores; sala de especialistas; uma sala informatizada; uma sala de multimeios; uma sala para o laboratório de ciências; biblioteca; sala de vídeo; cozinha; refeitório; ginásio de esportes; quadra descoberta; parque infantil; parque/academia; sala de coordenação de EJA; duas salas para apoio pedagógico; uma sala de artes; uma sala para a rádio escolar; sala para auxiliares de ensino; sala de almoxarifado; depósito e rampa de acesso ao primeiro andar.
Geosala Milton Santos:
A Escola Batista Pereira possui uma característica bastante incomum do ensino público em geral: as salas são temáticas por disciplinas, também chamadas de salas ambiente. Cada disciplina possui uma sala própria para as aulas propriamente ditas e para a prática educacional como um todo. Esta grande transformação no cotidiano escolar teve início em agosto 2013 com a disciplina de Geografia a partir da implantação da Geosala.
Geosala Milton Santos. Foto: Santiago Siqueira.
As salas ambiente têm como propósito introduzir o aluno ao mundo do conhecimento e tudo que a disciplina envolve. Equipadas com materiais que auxiliam tanto os professores quanto os alunos, as salas temáticas proporcionam aos estudantes uma experiência mais completa no processo de aprendizagem, contendo informações e permitindo de diversas maneiras através de experiências o crescimento intelectual. Dispondo de livros, mapas, atlas, projetor e bússolas, por exemplo, a Geosala traz para os estudantes um mundo de conhecimento.
ATIVIDADES REALIZADAS
Organização da Geosala Milton Santos: na primeira semana do mês de Junho foi realizada a organização da Geosala Milton Santos. Com a ajuda e supervisão do professor Santiago foi pensada a distribuição dos mapas e quais ficariam expostos na parede, bem como a organização dos livros/atlas que a sala dispõe e os trabalhos (maquetes, cartazes, desenhos) que os estudantes realizaram. Os mapas foram organizados e agrupados de acordo com a temática. Mapas do Brasil e suas respectivas regiões foram organizados separadamente dos mapas-mundi.
IDs organizando a Geosala Milton Santos. Da esquerda para a direita: Rafael Chasles, Victor Motta (de costas), Giovanni Regazzo e Vinícius Lima. Foto: Santiago Siqueira).
Para mostrar a variedade dos mapas e as diferentes informações que os mesmos contém, tipos diferentes (político, climático, etc) foram escolhidos para ficarem expostos. Há também um mapa-mundi tátil que se encontra ao lado da lousa, com a finalidade de mostrar que a percepção e interpretação de um mapa pode ocorrer de maneiras diferentes, a fim de promover também a inclusão de estudantes com deficiência visual, por exemplo. Houve a tentativa de mudança na disposição das carteiras, mas por conta do espaço físico da sala e o grande número de estudantes a proposta ficou inviável.
Rosa dos Rumos: através de um contato do grupo PIBID com o físico Ricardo Gutierrez (coordenador do projeto Astronomia e Física vão à Escola e a Comunidade), foi realizada uma oficina de construção das rosas do rumos (popularmente chamada de rosa dos ventos). Foi realizado um primeiro encontro na UFSC para o planejamento da atividade e de que forma ela seria realizada. Essa atividade complementou o conteúdo anteriormente trabalhado sobre localização espacial, latitude e longitude.
IDs participam de oficina de construção Rosa dos Rumos com o físico Ricardo Gutiérrez Garcés. Da esquerda para a direita Priscila Naves; Rafael Chasles, Giovanni Regazzo e Victor Motta. Foto: Santiago Siqueira.
Após uma breve apresentação, introdução e discussão acerca do conteúdo o próximo passo foi a confecção da Rosa dos Rumos na entrada da escola. Com os conceitos básicos previamente trabalhados a sala foi dividida em grupos, visando a participação efetiva de todos os estudantes. Com o auxílio de um bolsista para cada grupo, uma bússola e um gabarito, foram confeccionadas em diferentes lugares da escola diversas rosas dos rumos devidamente orientadas e pintadas com giz. Dando continuidade ao procedimento, todos reuniram-se novamente na entrada da escola onde foi confeccionada uma grande Rosa dos Rumos. Com a supervisão de Ricardo Gutierrez, todos os estudantes participaram do desenho e pintura da Rosa dos Rumos definitiva, que, devidamente orientada, encontra-se na entrada principal da Escola Municipal Batista Pereira.
Construção da Rosa dos Rumos. Foto: Santiago Siqueira.
Posteriormente foi realizada uma brincadeira com todos os estudantes, divididos novamente em grupos e com o auxílio de um bolsista e uma bússola, várias dicas contendo direções foram espalhadas pelo pátio da escola. Partindo todos do mesmo ponto (rosa dos rumos) os grupos tinham um barbante de aproximadamente 5 metros, que era a referência de distância para a próxima pista. Ex.: Cinco barbantes ao norte; sete barbantes ao leste; etc. A dica final levava todos os grupos ao ponto de partida e toda a atividade, desde a confecção até a dinâmica foi complementar ao que anteriormente o professor Santiago havia trabalhado em sala. Houve um retorno muito positivo por todos os alunos, onde todos, sem excessão participaram, aprenderam e se divertiram.
ID Giovanni trabalha com a dinâmica de grupo usando bússola. Foto: Santiago Siqueira.
OFICINAS MINISTRADAS
Rural e Urbano: através de uma demanda das professoras do ensino fundamental, foi pedido para que os bolsistas do PIBID realizassem uma oficina para alunos do 5° ano sobre a questão dos Espaços Rurais e Urbanos. Durante a oficina, após uma conversa com os estudantes e uma explicação do tema foram realizadas duas atividades voltadas aos alunos. Primeiramente foi colocado uma gravação de um áudio característico do ambiente urbano e posteriormente um áudio característico do ambiente rural. Após as audições foi solicitado que os alunos realizassem um desenho para reproduzir que tipos de lembranças e/ou percepções eles tiveram com os respectivos áudios, a fim de compreender quais interpretações os estudantes tinham através do som dos ambientes. A segunda atividade consistia na interpretação de um mapa que apresentava dados da produção agrícola no Brasil. A partir disso os estudantes deveriam localizar no mapa qual estado produzia determinado alimento e onde a produção se concentrava, se era próximo à grandes cidades ou não.
As professoras sentiam uma certa dificuldade para abordar o tema, já que, segundo elas, diversos temas da geografia são de difícil compreensão, uma vez essa ciência não teve um estudo muito aprofundado durante a graduação. Contudo, o resultado foi positivo, as professoras relataram que os estudantes compreenderam as principais diferenças entre os meios e elas mesmas tiveram mais clareza acerca do conteúdo.
Fuso-horário: com a oportunidade oferecida pelo professor Santiago, foi ministrada uma oficina sobre fuso-horário para a turma 62. Houve um dia anterior dedicado exclusivamente a preparação do plano de aula e, na aula seguinte de geografia iniciamos a oficina fazendo indagações aos alunos, com perguntas do tipo: como seria a sua rotina se não existisse relógio? Como você faria para acordar e saber a hora de almoçar, acordar, etc.? Após isso, lemos citações de textos antigos que falam de como era nesta época. Iniciamos então a parte de explicação acerca dos fusos-horários com o auxílio de instrumentos como recursos multimídias, o uso do globo terrestre, entre outros. O objetivo era a compreensão dos fusos em relação ao movimento da Terra e também explicando o movimento aparente do sol e a sua conexão com as horas do dia. Ao final da explicação, foi feita uma atividade para fixação do conteúdo e avaliar se o objetivo da aula foi alcançado. Em época de copa do mundo, usamos alguns jogos para exemplificar a diferença de horários em lugares diferentes da Terra. O jogo entre Brasil e Croácia serviu como um primeiro exemplo: já que a copa estava sendo realizada em nosso país e o jogo aconteceu às 17h (horário de Brasília), que horas o jogo estava sendo transmitido na Croácia? Quantas horas há de diferença do horário de Brasília em relação ao horário de Londres. Perguntas simples, num tema atual e que ajudaram na concepção do conteúdo.
Oficina sobre fuso-horário. Foto: Santiago Siqueira.
EVENTOS
Além das vivências em sala e experiências dentro e fora da escola que o PIBID proporcionou, houve também a oportunidade de participarmos direta ou indiretamente de alguns eventos durante o ano de 2014.
III Seminário Práticas de Estágio, Pesquisa e Extensão na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis: ocorreu nos dias 10 e 11 de setembro, onde foram apresentados para professores da rede pública de ensino os trabalhos que o PIBID realizou e estava trabalhando. Na breve apresentação foi possível falar acerca da escola e sua estrutura, como os bolsistas atuavam, a experiência que estava sendo obtida para a formação, algumas atividades realizadas e os artigos que estavam sendo produzidos com base na vivência PIBID.
2º Enpeg Sul: o Segundo Encontro de Práticas de Ensino de Geografia da Região Sul aconteceu nos dias 30 e 31 de novembro no campus da UFSC. Todos do PIBID em geografia participaram como monitores e, em caráter de revesamento, todos tiveram a oportunidade de assistir à palestras e participar de mesas redondas e minicursos oferecidos pelo evento. Um dos minicursos assistidos foi de Metodologia para Ensino de Geografia para Deficientes Visuais no qual foi produzido um mapa tátil da Região Sul do Brasil e que posteriormente foi doado para a e EBM Batista Pereira.
Mostra Pedagógica: acontece uma vez por ano na escola Batista Pereira e conta com a participação de alunos e professores que buscavam mostrar as atividades que vinham sendo realizadas em sala e na escola e de que forma elas aconteciam. Diversos trabalhos foram produzidos para o evento e muitos outros que já haviam sido realizados estavam a disposição para todos que visitaram a mostra. A mostra aconteceu no dia 08/11 (sábado) na parte e é aberta à comunidade.
Mostra Pedagógica. Foto: Santiago Siqueira.
Enalic: V Encontro Nacional das Licenciaturas (ENALIC) e o IV Seminário Nacional do Pibid aconteceram entre os dias 08 e 12 de dezembro na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal-RN. Os bolsistas com artigo aprovado participaram do eventro apresentando, logicamente, os respectivos artigos e também em debates e mesas redondas que foram oferecidos. O evento serviu para coroar um grande ano, que trouxe novas visões do mundo educacional e contribuiu para consolidar o pensamento dos bolsistas no que diz respeito à profissão do magistério. Os artigos apresentados foram “A IMPORTÂNCIA DA SALA AMBIENTE PARA O ENSINO EM GEOGRAFIA: UM ESTUDO DE CASO” (Priscila Naves), “A EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA COMO CAMINHO PARA COMPREENDER O ESPAÇO VIVIDO: UM ESTUDO DE CASO A PARTIR DA VIVÊNCIA DO PIBID EM GEOGRAFIA” (Vinícius Lima) e “A PESQUISA E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES” (Victor Motta).
Vinícius e Priscila em apresentação no ENALIC. Fotos: Victor Motta.